"Cistos pilonidais são mais comuns em homens 
jovens e tendem a surgir em pessoas que ficam sentadas por  longos 
períodos, como motoristas de táxi ou caminhão" 
O cisto pilonidal, também chamado de abscesso pilonidal, é uma lesão 
que ocorre habitualmente na parte superior da prega que divide as 
nádegas, logo acima do ânus. O cisto pilonidal é uma doença muito 
comum, que não costuma provocar maiores complicações, apesar de ser 
muito desconfortável e ter tratamento difícil em alguns casos.
O que é um cisto pilonidal
Um
 cisto é uma um saco fechado, formado por uma membrana, e com algum 
conteúdo no seu interior. A maioria dos cistos que surgem em nosso corpo
 contém líquido, como é o caso do cisto renal. Se no interior do cisto houver pus, ele passa a ser chamado de abscesso.
O
 termo pilonidal significa “ninho de pelos”. O cisto pilonidal recebeu 
este nome porque é muito frequente encontrarmos cabelo dentro do cisto. Os
 cistos pilonidais se formam preferencialmente na parte superior da 
prega que divide as nádegas, 4 a 5 cm acima do ânus, na região do 
cóccix, mas pode também aparecer em outros locais, como ao redor do 
umbigo, axilas ou couro cabeludo.
O
 cisto pilonidal é uma doença que ocorre predominantemente em homens 
jovens, entre os 15 e 25 anos de idade. Homens acima de 40 anos 
raramente desenvolvem esta doença.
Causas o cisto pilonidal
A
 origem do cisto pilonidal ainda não está totalmente esclarecida. Quando
 a doença foi descrita pela primeira vez, no início do século XIX, 
pensava-se que sua origem era uma má formação, que provocava a 
permanência de tecidos embriológicos na região subcutânea. Porém, um 
grande aumento da incidência da doença em soldados durante a Segunda 
Guerra Mundial levou a comunidade científica a repensar suas origens. Só
 no exército americano, mais de 80 mil soldados apresentaram casos de 
cisto pilonidal durante as batalhas.
Se era uma doença congênita, como poderiam tantos soldados desenvolvê-la em tão curto espaço de tempo?Atualmente,
 considera-se o cisto pilonidal uma doença que se adquire durante a 
vida. O mecanismo atualmente proposto seria a penetração de pelos para 
dentro da pele. Estes pelos se acumulam no tecido subcutâneo e provocam 
uma reação inflamatória, que leva a formação dos cistos. Em alguns 
casos, o pelo entra na pele e forma um pequeno canal subcutâneo antes de
 dar origem ao cisto.
Os cistos pilonidais costumam apresentar 
pelos, mas não conseguimos encontrar um folículo piloso, o que mostra 
que o cabelo não nasceu neste local, mas sim, foi empurrado até lá. Se
 junto com o pelo também houver invasão de bactérias, o cisto pode se 
infectar, formando pus. Como já explicamos, um cisto infectado dá origem
 a um abscesso.
O cisto pilonidal ocorre mais frequentemente em 
jovens, que costumam apresentar folículos pilosos mais amplos, 
facilitando a penetração do pelo para dentro da pele. Outros fatores de 
risco importantes são traumas na região do cóccix, atividades 
profissionais ou esportes que requerem muito tempo sentado, obesidade, 
excesso de pelos na região do cóccix ou ter uma prega das nádegas 
profunda. No caso da Segunda Guerra Mundial, a origem de tantos cistos 
pilonidais parece ter sido o tempo excessivo gasto em Jeeps, que 
mantinha os soldados sentados por muito tempo e ainda provocava pequenos
 traumatismos na região do cóccix devido ao instável terreno que os 
veículos andavam.
Sintomas do cisto pilonidal
O cisto 
pilonidal pode se apresentar de maneiras diferentes. Há casos de 
pequenos cistos que não se infectam e, portanto, permanecem 
assintomáticos por muito tempo. Há cistos que inflamam e formam uma 
espécie nódulo avermelhado, quente e doloroso por baixo da pele. Os 
cistos pilonidais podem criar um ou mais canais, podendo fistulizar para
 pele (formar canais com orifícios de saída na pele). Se o cisto estiver
 infectado, o pus do abscesso pode escoar por estes canais e drenar pela
 pele.
Os
 cistos inflamados podem apresentam dor e impedir o paciente de sentar. 
Febre não é comum e o paciente não costuma ter outras queixas além da 
lesão inflamada. Metade dos paciente tem uma doença aguda, com 
rápida formação de abscesso, enquanto a outra metade apresenta uma forma
 mais crônica, com fistulização e drenagem persistente de material 
purulento pelo orifício. Há relatos de que as formas crônicas, se 
negligenciadas, podem, após alguns anos, dar origem a um carcinoma de 
células escamosas, que é uma forma de câncer de pele. Esta complicação, todavia, é rara.
Tratamento e cirurgia para o cisto pilonidal
O tratamento do cisto pilonidal é cirúrgico. Antibióticos ou medicamentos não resolvem o problema de forma definitiva. Inicialmente, uma pequena incisão da pele sob anestesia local é suficiente para drenar o conteúdo do cisto. Este procedimento é simples e pode ser feito ambulatorialmente, fora de ambiente hospitalar.
O tempo de recuperação pode chegar a 5 semanas. O problema é alta taxa de recorrência.
Se
 o cisto retornar após a drenagem, uma cirurgia mais extensa pode ser 
necessária para a remoção completa do mesmo. Nestes casos, o tempo de 
recuperação é bem mais prolongado, chegando a três meses.
A forma 
cirúrgica mais efetiva é também a de pior recuperação. O cirurgião pode 
abrir a pele, retirar o cisto e deixar a ferida aberta, sem dar pontos, 
para que ela cicatrize de forma natural (técnica chamada cicatrização 
por 2ª intenção). Esta técnica tem baixa taxa de recorrência, mas 
necessita de muitos cuidados com o curativo da ferida para evitar 
infecções do local enquanto ela ainda não estiver totalmente 
cicatrizada. Fonte: mdsaude.com 
 





 
 
 


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