"Você já ouviu falar em epigenética? Os genes em si não são os únicos
responsáveis por passar as informações biológicas de uma geração para
outra"
A troca de informações entre o endométrio da gestante e o embrião
pode modificar as informações genéticas do bebê que está a caminho!
Novo estudo publicado
Recentemente foi publicado um estudo pela revista Development
sobre a comunicação entre o embrião e sua futura mãe. O estudo
demonstrou que a relação existente entre o embrião e a gestante, acaba
possibilitando mudanças no genoma do bebê.
Tal suspeita já existia
devido aos, regularmente, coincidentes traços físicos entre mães e bebês
(frutos de óvulos doados). Segundo ele, outro ponto em comum muitas
vezes verificado, é a incidência de doenças nos bebês relacionadas com
patologias maternas durante a gestação, como obesidade e diabetes
mellitus tipo II.
Ovodoação e Gestação de Substituição
O estudo demonstrou a possibilidade de modificação da informação
genética do bebê pela mãe, mesmo quando o óvulo utilizado na
fertilização foi doado, ou nos casos de gestação de substituição.
No caso das receptoras de óvulos, tal comprovação pode ajudar a derrubar barreiras emocionais que muitas
mulheres e casais experimentam quando percebem que precisarão de um
tratamento com ovodoação para atingir o desejo de serem pais.
No caso das gestações de substituição, o estudo nos alerta sobre a importância de conhecermos informações
sobre a história de saúde da doadora do útero, visto que poderá
transmitir essas características para o bebê que gestará. Hábitos como o
tabagismo e condições como a obesidade da mulher podem acabar alterando
células (inclusive as endometriais), alterando funções genéticas que
poderão modificar o desenvolvimento do embrião.
Possibilidades para o futuro
Segundo os autores do estudo, a comunicação entre o útero e o embrião
pode fazer com que se expressem ou se inibam funções especificas no
embrião, dando lugar a modificações que nos mostram o processo de
transmissão de doenças como a diabetes e a obesidade. Com isto, abre-se
uma porta quando se trata em evitar estes tipos de doença (quando tem
causas epigenéticas). A partir do momento que identificamos este tipo de
transmissão, no futuro poderemos tentar evitá-la. Fonte: vidafertil.com.br
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