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Fibrose Pulmonar Idiopática

"Doença rara provoca cicatrizes nos pulmões e dificulta a respiração, mas, com medicamentos e tratamentos de reabilitação, é possível lidar com o problema"

 
A falta de disposição física pode levar homens acima de 50 anos ao médico. Durante a consulta, geralmente surgem três suspeitas: processo natural de envelhecimento, problemas cardíacos ou doenças respiratórias. Por ser uma doença rara, 50% dos pacientes com são diagnosticados erroneamente e é comum que, só depois de um a dois anos do início dos sintomas, ela seja identificada. Seu nome é fibrose pulmonar idiopática (FPI). Trata-se de uma doença crônica, grave e rara.

Seu diagnóstico é prejudicado pelos sintomas, muito comuns a outras doenças. Quando os sinais se confundem com os de uma pneumonia, por exemplo, o tratamento inadequado atrasa a identificação da FPI. O diagnóstico correto é alcançado depois de consulta ao pneumologista, que costuma recomendar três tipos de exames: tomografia computadorizada do pulmão; exames de sangue, que indicam que o paciente não tem outras doenças causadas por vírus e bactérias que provocam os mesmos sintomas; e biópsia do tecido pulmonar, nos casos mais específicos, para verificar a existência de fibroses.

A fibrose pulmonar idiopática é caracterizada pelo surgimento de fibroses, ou seja, cicatrizes nos pulmões. Os tecidos pulmonares ficam rígidos e, na medida em que perdem a elasticidade, a respiração fica muito mais difícil. O resultado é uma deficiência respiratória progressiva, que piora em períodos curtos de tempo – muitas vezes, o paciente parece estar melhor quando é atingido por episódios de fraqueza e falta de ar. A FPI não tem cura, mas pode ser tratada com medicamentos que desaceleram a progressão da doença, como os antifibróticos.

Antigamente, não existia nenhuma opção de tratamento. O nintedanibe, antifibrótico lançado em 2016, representa uma esperança para os pacientes porque reduz a progressão da doença em até 50% e também limita as crises de falta de ar. Em paralelo com o uso contínuo da medicação, também é indicado que os pacientes com FPI façam fisioterapia, exercícios de reabilitação pulmonar, suplementação de oxigênio e o tratamento adequado de possíveis doenças paralelas, como as gripes.

Parte do tratamento inclui fazer atividades físicas – no caso, caminhadas leves, que não desgastam e ainda ajudam a fortalecer o sistema respiratório. Para casos mais avançados, pode ser estudada a possibilidade de transplante de pulmão.

Muitos especialistas da área ainda têm dificuldade para fazer o diagnóstico. É importante que as pessoas conheçam o problema e busquem fazer os exames que ajudam a identificar a FPI. Caso tenham a doença, precisam iniciar o tratamento o mais rápido possível.

Estima-se que sejam entre 13 000 e 18 000 brasileiros diagnosticados com FPI. O número pode ser maior, porque o quadro ainda é raro e de difícil diagnóstico. Alguns fatores de risco são bem conhecidos: a doença é mais comum em homens, com mais de 50 anos, fumantes e ex-fumantes ou expostos a poeiras minerais e substâncias orgânicas (pessoas que lidam com poeira de madeira ou criam pássaros e gado são mais suscetíveis).

Contato com agentes infecciosos e com infecções pulmonares virais ou bacterianas também aumenta a incidência. Além disso, 5% a 10% dos casos podem ter herança genética. Mas o fato é que as causas exatas da doença ainda não são conhecidas. A doença é chamada de idiopática porque as causas não estão estabelecidas. Mas sabemos que sua incidência está aumentando com o envelhecimento da população no mundo todo.

Os principais sintomas são: tosse, geralmente seca; falta de ar; fadiga ao realizar pequenos esforços; falta de apetite; perda de peso; refluxo gastroesofágico; e pequena deformação na ponta dos dedos, conhecida como baqueteamento digital.

É fundamental que os homens com mais de 50 anos, seus familiares e cuidadores prestem atenção aos sintomas e busquem ajuda médica caso apresentem alguns dos sintomas de forma recorrente. Afinal, depois de identificado o problema e iniciado o tratamento, é possível conviver com a doença. Fonte: saude.abril.com.br

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