"Se o Brasil seguir a tendência de outros
países e oficializar a indústria da maconha, nós teremos "uma fábrica de
esquizofrênicos".
As opiniões são dos psiquiatras da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São
Paulo).
Para os psiquiatras, a
sociedade tem sido conivente e omissa em relação à droga, e os riscos
provocados por ela não têm sido bem divulgados. Eles dizem que, segundo estudos bem fundamentados, a maconha aumenta em
310% o risco de esquizofrenia quando consumida uma vez por semana na
adolescência. E trata-se de uma doença incurável: O esquizofrênico pode
ter uma vida praticamente normal, mas sempre há uma sequela.
Os
psiquiatra sugerem que, assim como pais permitem que seus filhos
consumam álcool em festas, a informação distorcida de que maconha não
faz mal fará com que eles deixem os jovens fumarem em casa. E o problema
é que, nos adolescentes, que estão em uma fase de "poda" natural do
cérebro para a entrada na idade adulta, a droga é especialmente
prejudicial.
Também fizeram críticas à chamada luta antimanicomial, que fez o
Brasil fechar milhares de leitos psiquiátricos sem proporcionar
alternativas. Eles ressaltaram que o atual modelo dos Caps (Centros de
Atenção Psicossocial) não tem como substituir o atendimento ambulatorial
e as internações psiquiátricas. Não se trata de
abandonar os pacientes em manicômios, mas garantir o tratamento em fase
aguda. Eles reforçaram ainda que, atualmente, só um terço dos pacientes
psiquiátricos diagnosticados recebe tratamento.
Para estes psiquiatras, tanto a luta antimanicomial quanto a vinda de cubanos
(pelo programa Mais Médicos) fazem parte de uma visão mais ampla que a
medicina, de uma mentalidade que persiste no Ministério da Saúde e tem
raízes político-ideológicas. Na prática, segundo ele, o que acontece é
que há um número absurdo de pessoas com transtornos graves nas ruas,
rejeitadas por hospitais e por outras instituições. Há uma
desassistência fenomenal e nós temos recursos terapêuticos.
Depressão e pânico
O aumento no diagnóstico de
depressão, que para ele é fruto de diversos fatores, como a ampliação
dos conceitos sobre a doença e a descoberta de novas moléculas que se
mostram mais eficazes que o placebo. Ao falar de outros transtornos que
têm sido mais frequentes, eles também mencionaram a síndrome do pânico.
Entre as possíveis causas desse aumento, de acordo com os especialistas,
estão o maior consumo de estimulantes, cafeína e medicamentos com ação
no sistema nervoso e atitudes como a privação de sono, capazes de
deflagrar crises. Mas ele pondera que o estresse não é algo novo na
humanidade, assim como os transtornos mentais. Fonte: noticias.uol.com.br
Um comentário:
Artigo interessante, principalmente por alertar para vermos com dsconfiança qualquer afirmação de que "nada faz, vai de boa, pega nada não!".
Minha única ressalva é quanto a não conter a data da postagem original.
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