"A leucemia está entre os principais tipos de câncer de sangue"
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, somente esse ano quase 11 mil brasileiros serão diagnosticados com a doença, cuja principal característica é o acúmulo de células anormais na medula óssea, que passam a substituir células sadias.
A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso presente no interior dos ossos, responsável por produzir glóbulos vermelhos (que atuam no transporte de oxigênio no sangue), glóbulos brancos (que protegem o organismo de infecções) e plaquetas (responsáveis pela coagulação sanguínea).
Em um quadro de leucemia, os glóbulos brancos perdem a função de defesa e são produzidos descontroladamente. Dessa forma, passam a se acumular na medula óssea e substituem células sadias, prejudicando a atuação ou a produção de outros componentes sanguíneos.
A leucemia pode se desenvolver em pessoas de qualquer idade e representa o tipo de câncer mais comum na infância, correspondendo a aproximadamente 30% dos casos da doença em crianças.
Causas
As causas da leucemia ainda são desconhecidas, mas alguns fatores de risco têm sido associados à doença, como exposição à radiação ionizante e a produtos químicos diversos durante a gestação ou durante o começo da infância, além de anomalias cromossômicas (fatores genéticos), como síndrome de Down, síndrome de Bloom e anemia de Fanconi.
Tipos de leucemia
A leucemia apresenta diferentes classificações, que variam de acordo com a evolução e os tipos de glóbulos brancos afetados. A leucemia que atinge as células linfoides é chamada de leucemia linfoide, já a que atinge as células mieloides é conhecida como leucemia mieloide.
Com relação à rapidez com que a doença evolui, essas classificações se subdividem em agudas - quando se agravam rapidamente - e crônicas – quando evoluem de forma mais lenta. A leucemia linfoide aguda, por exemplo, é mais frequente entre crianças. Já leucemia linfoide crônica é comum em pessoas a partir dos 55 anos.
Principais sinais e sintomas
Os principais sinais da leucemia são consequências das falhas nos elementos sanguíneos:
- Anemia – sinal da deficiência da ação ou produção dos glóbulos vermelhos;
- Infecções frequentes – consequência da produção de glóbulos brancos doentes;
- Sangramentos das gengivas e pelo nariz, manchas roxas na pele ou pontos vermelhos sob a pele – resultado da deficiência da ação ou produção de plaquetas.
Outros sintomas comuns da leucemia:
- Gânglios linfáticos inchados, principalmente na região do pescoço e das axilas;
- Febre ou suores noturnos;
- Perda de peso sem motivo aparente;
- Desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado);
- Dores nos ossos e articulações.
Geralmente, a leucemia do tipo crônica pode demorar a manifestar sintomas. Já com relação à leucemia aguda, os sintomas surgem mais rapidamente e são mais agressivos.
Diagnóstico
Um simples exame de sangue de rotina pode sugerir a doença. No entanto, o diagnóstico é confirmado por meio do mielograma, exame em que se coleta um pouco do material da medula óssea para examinar a células que estão presentes ali.
Tratamento
Alguns
casos de leucemia têm cura, mas isso dependerá de uma série de fatores,
entre eles os tipos de células afetadas e o tempo em que a doença levou
para ser diagnosticada. O tratamento, normalmente, é feito por meio da
associação de medicamentos (poliquimioterapia), e ocorre em etapas.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou o registro de um novo medicamento contra a leucemia mieloide aguda, o RYDAPT (Midostaurina), que deverá estar associado à poliquimioterapia padrão.
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