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Narcolepsia - A Doença Do Sono Irresistível

"A narcolepsia é uma doença caracterizada por ataques irresistíveis de sono, episódios temporários de fraqueza muscular (fenômeno conhecido como cataplexia), paralisia do sono e alucinações hipnagógicas (alucinações que ocorrem durante o adormecer)"

Os ataques de sono podem ocorrer várias vezes durante o dia, sem o controle do indivíduo, em qualquer situação, sobretudo em circunstâncias monótonas. Com frequência, após estes"cochilos" os pacientes sentem-se descansados.

Sintomas

 
Cataplexia : é o único sintoma específico da narcolepsia (só acontece nesta doença), mas não está presente em todos os casos, já que existe também a forma clínica da narcolepsia sem cataplexia. Na cataplexia ocorrem episódios de atonia, ou seja, perda do tônus muscular. Estes são caracterizados por uma espécie de "fraqueza muscular" que pode acometer o corpo inteiro causando a queda da pessoa ao solo, ou afetar apenas uma parte do corpo, ocasionando um movimento de "dobrar os joelhos" ou apenas um leve movimento de pender a cabeça para um lado.

Os episódios de atonia ou "fraqueza generalizada" são mais facilmente reconhecidos e podem chegar a causar ferimentos algumas vezes muito importantes. Já os episódios que acometendo apenas alguns grupos musculares são de reconhecimento mais difícil e até mesmo o próprio paciente muitas vezes esquece de relatá-los ao médico por achar que não se trata de algo relevante ou relacionado ao seu problema. Os ataques de cataplexia duram de poucos segundos a minutos, em geral a pessoa fica acordada o tempo todo. Estes ataques podem ser desencadeados por fatores emocionais como riso, choro, medo ou sustos.

Outros sintomas da Narcolepsia mas que não são exclusivos desta patologia são: 

Sonolência Diurna Excessiva: é um sintoma importante e o que mais chama a atenção na narcolepsia mas, também pode ser encontrado em outros distúrbios do sono como SAHOS e outras condições.

Alucinações hipnagógicas: São alucinações que acontecem ao adormecer. Quando acontecem durante o despertar são chamadas hipnopômpicas. Elas podem ou não estar associadas à paralisia do sono e com freqüência são visuais, com visão de vultos, animais, pessoas, objetos, etc. É importante ressaltar que as alucinações hipnagógicas, apesar de fazerem parte dos sintomas da narcolepsia são sintomas que podem ocorrer na população normal e não necessariamente indicam a doença.

Paralisia do Sono: A paralisia do sono caracteriza-se pela incapacidade de se mover ou falar que ocorre logo após o despertar. Ela normalmente se acompanha de uma sensação de ansiedade angustiante, pois se trata de um evento muito assustador para o paciente. A paralisia dura geralmente segundos ou poucos minutos e termina de modo espontâneo. É importante ressaltar que a paralisia do sono apesar de fazer parte dos sintomas da narcolepsia é um sintoma que pode ocorrer na população normal e não necessariamente indica a doença.

Diagnóstico 

 

O diagnóstico da narcolepsia é feito com base no quadro clínico, polissonografia e teste das múltiplas latências do sono. A dosagem de uma substância denominada hipocretina -1 no líquido cefaloraquidiano e alguns testes genéticos, como a demonstração do HLA DQB1 0602 também podem auxiliar o diagnóstico em alguns casos selecionados.

Tratamento

 

A narcolepsia, devido ao distúrbio de sonolência excessiva, com os ataques de sono irresistíveis torna-se uma doença que ocasiona uma série de problemas na vida social e profissional, sendo imprescindível o acompanhamento com um médico especialista em medicina do sono, a fim de seja instituído o tratamento adequado.

Apesar de ser uma doença tão freqüente quanto a esclerose múltipla, muitos profissionais de saúde ainda não estão preparados para o diagnóstico correto. Infelizmente, muitos portadores de narcolepsia ainda hoje são incorretamente diagnosticados e tratados como sendo portadores de outras doenças como distúrbios psiquiátricos e epilepsia.

O tratamento da narcolepsia inclui o uso de algumas medicações como a Ritalina e o Modafinil para melhorar a sonolência excessiva diurna, o uso de alguns antidepressivos como a Fluoxetina e tricíclicos para tratamento da cataplexia e também a introdução de algumas medidas não medicamentosas como os cochilos programados durante o dia e algumas orientações individuais estabelecidas de acordo com a necessidade de cada paciente. Fonte: http://www.polisono.com.br

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