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Saiba As 9 Principais Infecções Sexualmente Transmissíveis

"Antes conhecidas por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), estas infeções transmitem-se principalmente por contacto sexual"
 

As infeções sexualmente transmissíveis são conhecidas vulgarmente como doenças venéreas.

 

  • São doenças infecciosas provocadas por bactérias, vírus, fungos e parasitas, cujo contágio é feito principalmente através de relações sexuais; 

    • Todas são transmitidas por contacto sexual: vaginal, anal ou oral;
    • Algumas podem também ser transmitidas por contacto com fluidos corporais, a partir de sangue e tecidos infetados se forem usados em transfusões e transplantes, e de mãe para filho durante a gravidez e o parto. 

 
As infeções sexualmente transmissíveis podem ter implicações graves na saúde e qualidade de vida a longo prazo, nomeadamente porque algumas aumentam o risco de:
 

  • Cancro ginecológico;
  • Infertilidade;
  • Aborto, parto prematuro e problemas nos recém-nascidos;
  • Cirrose e cancro do fígado;
  • Infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH);
  • Morte prematura.

 

Entre os fatores que têm contribuído para um ressurgimento importante das infeções sexualmente transmissíveis nas últimas décadas contam-se principalmente questões comportamentais:

 

  • O início mais precoce da vida sexual;
  • O menor receio de uma gravidez indesejada;
  • A troca frequente de parceiros sexuais.

 

Infeções sexualmente transmissíveis mais importantes

 

São conhecidas atualmente mais de 30 bactérias, fungos, vírus e parasitas que são transmitidos principalmente por relações sexuais.

 

As principais infeções sexualmente transmissíveis são:

 

  • Clamidiose genital, causada pela bactéria Chlamydia trachomatis
  • Condilomas anogenitais, causados pelo vírus do papiloma humano (HPV)
  • Gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae;
  • Hepatite B, causada pelo vírus da hepatite B;
  • Herpes genital, causada pelo vírus Herpes simplex tipo 2;
  • Micoplasmose genital, causada pela bactéria Mycoplasma genitalium;
  • Tricomoníase, causada pelo parasita Trichomonas vaginalis;
  • Sífilis, provocada pela bactéria Treponema pallidum
  • Síndome da imunodeficiência adquirida (SIDA), causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV).

 
 
Há outras infeções que também se podem transmitir por via sexual, mas em que esta via não é muito importante na disseminação da doença. Por isso, não são consideradas infeções sexualmente transmissíveis. É o caso, por exemplo, das hepatites A e C e do vírus Zika.
 
 

A que sinais e sintomas é preciso estar atento

 

Muitas infeções sexualmente transmissíveis não têm sintomas ou estes são apenas ligeiros.

Algumas alterações genitais podem ser sinal de que pode haver uma infeção sexualmente transmissível.

 

Assim:

 

  • Comichão (prurido), presença de úlceras ou outras lesões genitais, sensação de queimadura genital, corrimento vaginal anormal ou corrimento pela uretra, são sempre indicativos de que devem ser procurados cuidados médicos;
  • A observação médica e eventuais exames permitirão confirmar ou excluir uma IST e determinar o tratamento adequado.

 

Como se tratam as ISTs

 

O tratamento das infeções sexualmente transmissíveis depende da infeção em causa. Pode envolver medicamentos, mas também outros procedimentos, como acontece, por exemplo com os condilomas genitais. 
 

O objetivo do tratamento também depende da doença: pode ser curá-la ou impedir o seu agravamento ou consequências a longo prazo. 

 

  • A clamidiose, candidíase vaginal, gonorreia, micoplasmose, sífilis e tricomoníase, que são causadas por bactérias, fungos e parasitas, são curáveis;
  • As infeções pelos vírus da hepatite B, vírus Herpes simplex, vírus da imunodeficiência humana (VIH) e vírus do papiloma humano (HPV) não têm um tratamento curativo. O objetivo do tratamento é controlar a infeção e os seus efeitos a longo prazo.

 Previna as infeções sexualmente transmissíveis

 

As medidas que ajudam a diminuir a probabilidade de ter uma infeção sexualmente transmissível são:
 

  • Usar sempre preservativos (masculinos e também femininos) nas relações sexuais;
  • Evitar relações sexuais, mesmo protegidas, quando há possibilidade ou suspeita ou já é conhecida uma infeção sexualmente transmissível;
  • Vacinação. Algumas infeções sexualmente transmissíveis são prevenidas por vacinação, como as infeções pelos vírus do papiloma humano (HPV) e vírus da hepatite B.
    • O programa nacional de vacinação português inclui atualmente a vacinação contra o HPV, tanto para as raparigas (desde 2008) como para os rapazes (desde 2020).
    • As pessoas que não foram abrangidos pela vacinação ao abrigo do programa nacional de vacinação devem aconselhar-se com o seu médico assistente sobre a necessidade de fazerem esta vacina.
  • Há medicamentos que reduzem a probabilidade de ser infetado pelo vírus da imunodeficiência humana (a denominada profilaxia pré-exposição ou PrEP). A sua recomendação médica está, em Portugal, regulada por uma norma específica da Direção Geral de Saúde (DGS) e depende de avaliação individual em consultas especializadas.

 Rastreio de infeções sexualmente transmissíveis

 

Manter o seguimento médico regular (habitualmente em medicina geral e familiar, ginecologia ou urologia, dependendo das pessoas) e fazer os rastreios aconselhados é fundamental para diagnosticar e tratar precocemente as ISTs e evitar o contágio. A maioria dos rastreios de ISTs é feito através de uma análise de sangue ou de urina.

 

Alguns rastreios que podem ser pedidos pelos médicos são:

 

  • Em todas as pessoas:
    • Infeção pelo vírus da imunodeficiência humana, pelo menos uma vez na vida
       
  • Mulheres com menos de 25 anos e sexualmente ativas:
    • Gonorreia e clamidiose, anualmente
       
  • Mulheres com mais de 25 anos com mais do que um parceiro sexual e com relações não protegidas por preservativo:
    • Gonorreia, clamidiose, vírus da imunodeficiência humana e sífilis, anualmente
       
  • Mulheres grávidas:
    • Vírus da imunodeficiência humana, sífilis e hepatite B
    • Clamidiose e gonorreia se tiverem menos de 25 anos ou se tiverem mantido relações com mais de um parceiro
       
  • Homens que têm sexo com homens e com relações não protegidas por preservativo:
    • Gonorreia, clamidiose, vírus da imunodeficiência humana e sífilis, anualmente.
    • Hepatites A, B e C, pelo menos uma vez
       
  • Pessoas infetadas pelo vírus da imunodeficiência humana:
    • Hepatites A, B e C, pelo menos uma vez.
    • Sífilis, clamidiose e gonorreia, anualmente.
       
  • Homens que têm sexo com homens infetados pelo vírus da imunodeficiência humana:
    • Hepatite C, anualmente
       
  • Casos específicos:
    • Rastreios dependentes dos hábitos sexuais

 

Alguns números

 

No mundo

 

  • Todos os dias há mais de 1 milhão de contágios de infeções sexualmente transmissíveis;
  • Em 2016 havia 490 milhões de pessoas infetadas pelo vírus Herpes simplex e 300 milhões de mulheres com HPV;
  • Em 2020 ocorreram 374 milhões de novos casos de clamidiose, gonorreia, sífilis e tricomoníase;
  • Estima-se que 296 milhões de pessoas tenham hepatite B crónica.

 

Na Europa e em Portugal

 

  • Em 2018, na Europa:
    • Registaram-se cerca de meio milhão de ISTs, entre as quais:
      • 100 526 casos de gonorreia
      • 33 599 casos de sífilis
      • 40 6406 casos de clamidiose
  • Em 2018, em Portugal:
    • 908 casos de sífilis, com maior incidência nos homens entre os 15-44 anos;
    • 479 casos de clamidiose, principalmente nas mulheres e homens com idade compreendida entre 15-34 anos;
    • 789 casos de gonorreia, com maior incidência nos homens entre os 15-34 anos;
  • Em 2019 registaram-se 778 novos casos de VIH / SIDA em Portugal. Fontes: https://www.ecdc.europa.eu / https://transparencia.sns.gov.pt / https://www.who.int

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