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Mioma - O Martírio Das Mulheres

"A designação científica é leiomioma uterino (leio=liso mio = músculo oma = tumor benigno)"
 
É um tumor benigno composto basicamente de músculo uterino que cresce dentro ou fora do útero e pode alterar o formato do órgão à medida que se desenvolve. Costuma permanecer estável durante anos a fio para, em seguida, crescer em poucos meses. Ocorre com maior frequência entre os 40 e 50 anos e incide de três a nove vezes mais em mulheres da raça negra. Não existe registro da enfermidade antes da primeira menstruação.
 
 (Microscopia  de um fibromioma –tumor benigno uterino feito de músculo liso)
 

O QUE CAUSA

 

A causa do mioma é desconhecida. O que se sabe é que a progesterona e o estrogênio influenciam o seu desenvolvimento. Tanto que com a chegada da menopausa, e a queda na produção de hormônios estrogênios, o mioma costuma encolher e até desaparecer. Durante a gravidez, ao contrário, sua tendência é aumentar. Os fatores de risco são a idade, histórico familiar, origem étnica e obesidade. 
 

OS PRINCIPAIS SINTOMAS

 
Apesar de se manifestar em mais de 75% das mulheres, a metade não apresenta sintoma. Os principais desconfortos produzidos pelo mioma, à medida que se desenvolve, podem ser:
 
- menstruação irregular -- forte e por períodos prolongados -- o que pode levar à anemia;
cólicas; 
- sangramento fora de hora (entre uma menstruação e outra);
- dores (abdominais, pélvicas e na relação sexual);
- problemas urinários (vontade mais frequente de urinar, infecção do trato urinário, cistite, infecção dos rins). 
 

DIAGNÓSTICO

 

Pode ser detectado no exame de toque ginecológico de rotina, quando altera o tamanho do aumento do útero ou o seu relevo. A ultrassonografia trans-vaginal é o exame indicado para a confirmação do diagnóstico. Ele revela a quantidade de miomas, a localização e o tamanho de cada um.
 

TRATAMENTO

 

Não existe um medicamento que o faça desaparecer. Algumas drogas conseguem impedir o seu crescimento ou até reduzir o seu tamanho temporariamente, mas como elas causam efeitos colaterais fortes e não podem ser usadas por mais do que três a quatro meses, o mioma volta a crescer com a interrupção do tratamento.
 
  • Quando o mioma se desenvolve e produz sintomas as opções de tratamento são:
  • Uso de medicação ou pílula anticoncepcional
  • Intervenção não-cirúrgica como a embolização da artéria uterina (técnica indicada para adiar ou não fazer a cirurgia).
  • Cirurgia para retirada do mioma e, nos casos graves, de retirada do útero (histerectomia).
O tratamento cirúrgico do mioma uterino é considerado de acordo com as características de cada caso e a idade da paciente. A decisão leva em conta além do desejo de uma futura gestação, o tamanho, a localização e o número de miomas. A conduta cirúrgica pode ser conservadora, quando apenas o mioma é retirado (miomectomia) ou radical, quando inclui a histerectomia. A cirurgia radical envolve a retirada do corpo uterino doente, apenas, com a preservação do colo do útero. O procedimento conserva intactos os elementos de fixação da cavidade uterina bem como a vascularização e inervação da parte alta da vagina (cúpula) e do assoalho da bexiga e não afeta a sensibilidade ou condição da mulher, do ponto de vista da prática sexual. Fonte: SOGESP

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