"Este mês, o primeiro caso de um bebê europeu nascido com microcefalia resultante de infecção pelo zika vírus
foi registrado na Espanha, país onde cerca de 200 pessoas estão
infectadas"
Por lá, praticamente todos os doentes foram infectados pelo
zika vírus após viagens a países latino-americanos, assim como nos
Estados Unidos, país em que novas informações sobre a doença acabam de
ser divulgadas. Publicado na revista Cell Host & Microbe, um novo artigo traz importantes dados acerca da transmissão placentária do zika vírus, que é transmitido de mãe para filho durante a gravidez.
(A transmissão
do vírus da zika da mãe para o bebê geralmente resulta em alterações
durante a formação do encéfalo, resultando em bebês com microcefalia.
Foto: BBC).
Os pesquisadores responsáveis por este
novo trabalho sobre o zika vírus já haviam estudado o citomegalovírus –
responsável pela transmissão de um tipo de herpes –, demonstrando sua
transmissão de mãe para filho. Para analisar se o zika vírus infecta os
embriões de forma semelhante a outras espécies virais, os pesquisadores
isolaram diferentes células placentárias encontradas no início e final
da gestação e as colocaram em contato com amostras do zika vírus.
Através de técnicas de microscopia e
imunofluorescência, os pesquisadores conseguiram rastrear o caminho
percorrido pelas amostras virais das células maternas até o embrião.
Segundo eles, quando infectam células uterinas, as moléculas virais
disseminam-se e são transportadas através dos vasos sanguíneos da mãe
até os citotrofoblastos – as células responsáveis por invadir a parede
do útero –, e destes até as células epiteliais da membrana amniótica.
Então, estas partículas virais são liberadas no líquido amniótico, onde
finalmente infectam o embrião.
(Além de
demonstrar de que forma o vírus infecta o embrião, os pesquisadores
também demonstraram o poder de inibição de uma molécula chamada
duramicin sobre o zika vírus. Imagem: Tabata et al., 2016 – Cell Host & Microbe).
Além disso, os pesquisadores também
conseguiram demonstrar que, quanto mais cedo for o tempo gestacional no
momento em que a mãe for infectada, maior será a carga viral com a qual o
embrião entrará em contato, ou seja, maiores serão as chances de
transmissão da doença e os seus efeitos no bebê. Por fim, os
pesquisadores também conseguiram demonstrar o efeito de dois inibidores
celulares sobre o vírus. Um dos inibidores, denominado Duramycin, se
liga à parede celular e induz a apoptose (morte celular), reduzindo de
forma bastante significativa a infecção pelo vírus – o que pode ser uma
esperança para diminuir acabar com a transmissão placentária do zika
vírus. Fonte: cell.com / biologiatotal.com.br
Neste vídeo a gestante vai aprender o que deve fazer quando identificar os sintomas da doença:
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