"Acromegalia
é uma doença causada pela produção excessiva do hormônio do
crescimento"
Afeta igualmente homens e mulheres e é mais comum em
pessoas com idade entre 30 e 50 anos.
O sintoma que mais caracteriza esta doença é o crescimento exagerado de partes do corpo como mãos, pés, nariz, lábios, língua, queixo, testa e orelhas. Pode provocar também dor de cabeça, deficiência na visão, dores articulares, suor em excesso, diabetes, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
Quase todos os casos da doença são causados por um tumor benigno na hipófise, glândula localizada na base do crânio responsável pela produção de hormônios como o do crescimento. Geralmente o diagnóstico acontece por acaso: pacientes que procuram atendimento médico a fim de minimizar sintomas são submetidos a exames de imagem, tomografia computadorizada ou ressonância magnética de crânio e, assim, a lesão na hipófise é encontrada.
Segundo
dados divulgados no site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia regional São Paulo (SBEMSP), “10 a 20% das pessoas sem
sintomas sugestivos de doença hipofisária que fizerem uma ressonância de
crânio poderão ter uma lesão na hipófise identificada e laudada no
exame de imagem”.
A
falta de conhecimento da população sobre a doença atrasa sua
identificação. De acordo com o artigo Diagnóstico e Tratamento da
Acromegalia no Brasil, “o diagnóstico é frequentemente realizado cerca
de 8 a 10 anos após o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas”.
Se não tratada precocemente e de forma adequada, a acromegalia pode reduzir a expectativa de vida, principalmente devido às complicações cardiovasculares e respiratórias. Segundo o artigo científico, as complicações cardiovasculares são responsáveis por 60% das mortes em acromegálicos e as respiratórias, por 25%.
Ainda segundo dados deste artigo, os acromegálicos “apresentam taxa de
mortalidade 2 a 4 vezes maior do que indivíduos da população geral com
mesmo sexo e idade, e um diagnóstico mais precoce poderia evitar o
surgimento das complicações cardiovasculares, respiratórias e
neoplásicas, principais responsáveis pelo aumento de mortalidade na
acromegalia”.
Há
três formas de tratamento: cirurgia, medicamentos e radioterapia. De
acordo com informações do site da SBEMSP, a cirurgia ainda é a primeira
opção para a maioria dos casos. “...o tratamento clínico pode ser
indicado após cirurgia que não foi curativa ou como primeira opção em
casos nos quais a cirurgia seja contraindicada ou em casos individuais”.
Se houver suspeita de acromegalia, deve-se consultar um médico
endocrinologista. Fontes: scielo.br / sbemsp.org.br / endocrino.org.br / pfizer.com.br
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