"Dermatite herpetiforme, também conhecida como doença de Duhring-Brocq,
é uma afecção cutânea benigna, caracterizada por uma erupção
papuvesicular crônica e sensação de queimadura intensa e prurido"
É
considerada uma variante da doença celíaca, na qual o paciente exibe lesões de pele pruriginosas, além de intolerância permanente ao glúten.
Dentre os fatores que exercem importante papel no surgimento dessa
doença, encontram-se: fatores genéticos, condição imunitária e
sensibilidade ao glúten. Todavia, a real causa ainda não foi elucidada.
Acomete 10 pessoas em cada 100.000, mais comumente entre a segunda a
quarta década de vida, afetando mais homens do que mulheres (2:1). É
mais observada em indivíduos brancos do que em negros, sendo
extremamente rara na população japonesa.
Na maior parte dos pacientes, anteriormente às lesões, surge a
sensação de queimação ou prurido em um determinado local, sendo que,
deste modo, os pacientes podem identificar com antecedência o sítio de
uma nova lesão.
As lesões primárias são pleomórficas, com aspecto de pápulas
eritematosas, originando placas de aparência urticariforme, simétricas,
com tendência a agrupar-se, o que lhe confere o aspecto herpertiforme. O
continuo surgimento e desaparecimento dessas lesões pode levar à
hiperpigmentação ou hipopigmentação.
Comumente, surgem na região extensora dos antebraços, joelhos e
cotovelos, bem como couro cabeludo, nuca, pregas axilares, ombros,
nádegas e região sacra. É infreqüente o acometimento de mucosas e,
quando ocorre, indica prognóstico ruim. Também podem estar presentes
anomalias no aparelho gastrointestinal, devido á intolerância ao glúten.
O diagnóstico é feito por meio de uma biópsia que é encaminhada para
histopatologia. Este procedimento deve ser realizado em uma lesão
cutânea recente, não vesiculosa (clinicamente). Por meio de observação
ao microscópio pode observar-se inicialmente uma coleção de neutrófilos
na papila dérmica, que formam microabscessos de Pierard e, por
conseguinte, podem aparecer eosinófilos. Nas lesões mais antigas, pode
visualizar-se a formação de bolhas primariamente multiloculares e
subepidérmicas.
Também pode ser realizado o exame de imunofluorescência direta em amostras colhidas da lesão. O tratamento é feito com uso de alguns medicamentos e regime
alimentar livre de glúten. Existem evidências de que a dieta deve ser
mantida indefinidamente, pois a volta do consumo ao glúten geral em
alguns pacientes, novas lesões cutâneas. Dentre os medicamentos
normalmente utilizados estão a sulfapiridina e a dapsona, que somente
controlam a doença, sem curá-la. Fonte:
riosemgluten.com / wikipedia.org / acelbra.org.br / acelbra.org.br /
emmanuelfranca.com.br / manualmerck.net / infoescola.com
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