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Síndrome Neuroléptica Malígna - Reação Ao Uso Errôneo Da Medicação

"A Síndrome Neuroléptica Maligna (SNM) é uma reação ao uso de substâncias relacionadas à dopamina, notadamente neurolépticos"
 
Provavelmente relacionada ao bloqueio dos receptores dopaminérgicos nos neurônios dos gânglios da base, sendo por isto também conhecida como SÍNDROME DA DEFICIÊNCIA AGUDA DE DOPAMINA. É uma condição médica extremamente grave e potencialmente fatal.

Epidemiologia

Seu surgimento após o uso de antipsicóticos típicos, ou de primeira geração, varia de 0,02% a 2,46%. Mas, pode ocorrer também após o uso dos antipsicóticos atípicos, ainda que sua incidência relacionada a estes ainda não esteja estabelecida. Cerca de 80% dos casos de SNM ocorrem dentro das duas primeiras semanas de tratamento com drogas antipsicóticas, ou quando ocorre aumento de dosagem.

Fatores de Risco
 
  • Episódio anterior de SNM (15-20%)
  • Pessoas com catatonia têm maior risco de desenvolver SNM depois de receber antipsicóticos
  • Agitação, desidratação, restrição física e deficiência de ferro
  • Temperatura ambiente elevada
  • Antipsicóticos de alta potência, administração parenteral, maiores taxas de titulação, altas doses diárias
  • Esquemas de polifarmácia
 
Entretanto, é sempre importante esclarecer, que os itens acima são fatores de risco, mas há diversos casos de SNM em monoterapia mesmo de antipsicóticos atípicos como: olanzapina, clozapina, risperidona.

Diagnóstico

Seu diagnóstico obedece a critérios clínicos, dos quais também fazem parte excluir outras condições médicas gerais e psiquiátricas. São sintomas de SNM, isto é, explicáveis pela tomada de neurolépticos:

  1. Rigidez muscular grave ou em "cano de chumbo" (mais severa que na Síndrome Serotoninérgica).
  2. Hipertermia (38-41ºC).
  3. Dois oiu mais dos seguintes sintomas:
  • Sudorese abundante
  • Disfagia
  • Tremor
  • Incontinência
  • Alteração do nível de consciência
  • Mutismo
  • Taquicardia/taquipnéia
  • Pressão arterial elevada ou instável
  • Leucocitose
  • Evidência laboratorial de lesão muscular (CPK elevada)
 
Ainda podem ocorrer sintomas adicionais:

- Outras anormalidades motoras: discinesia, acinesia, crise oculógira, opistótonos, coréia.
- Sialorréia
- Complicações respiratórias
- Convulsões tônico-clônicas generalizadas

Exames Laboratoriais
 
  • Leucocitose
  • Elevação de CPK
  • Elevação de aldolase
 
Menos comumente

- Desidrogenase láctica elevada
- Transaminases elevadas
- Uréia e creatinina elevadas, levando a mioglobinúria e insuficiência renal aguda.

Diagnóstico Diferencial
 
  • Hipertermia Maligna: provocada por anestésicos inalatórios e succinilcolina, também por estresse físico, infecção, exercícios físicos intensos.
  • Catatonia Letal Aguda: agitação prolongada, seguida por hiperreflexia, retraimento, catatonia, choque vascular e morte.
  • Neurotoxicidade: provocada por lítio ou pela combinação de lítio e um agente neuroléptico.
  • Choque Térmico:é frequentemente provocado por neurolépticos fenotiazínicos e é secundário à perturbação da regulação térmica do SNC.
  • Infecção do SNC: encefalite virótica, tétano e outras infecções.
  • Síndrome anticolinérgica central, mutismo acinético, rigidez histérica, tetania, envenenamento por estricnina.
  • Estado de Mal Epiléptico, lesões cerebrais subcorticais (AVC, TCE, neoplasias).
  • Doenças sistêmicas: porfiria intermitente aguda.
  • Abstinência abrupta de agosnistas dopaminérgicos (levodopa).
  • Utilização de agentes depletores de dopamina (reserpina).
 
Tratamento (De um modo geral recomenda-se:
 
  1. Suspensão imediata do neuroléptico
  2. Avaliação cuidadosa dos sinais vitais, das vias aéreas, do estado de hidratação e do nível de consciência
  3. Manter vias aéreas desobstruídas e avaliar necessidade de administrar O2.
  4. Reverter vigorosamente a hipertermia: antitérmicos, bolsas de gelo, enema de água gelada, banhos, etc.
  5. Atuar vigorosamente sobre a rigidez muscular: anticolinérgios injetáveis ou orais (biperideno, amantadina), relaxantes musculares simples (benzodiazepínicos), agonistas dopaminérgicos (bromocriptina, L-DOPA), relaxantes musculares mais potentes (dantrolene).
  6. Manter hidaratação e reposição de eletrólitos
  7. Em casos mais graves, quando os pacientes ficam muito acamados, administrar anticoagulantes pelo risco de embolização.
  8. Realizar além da monitorização clínica, a monitorização laboratorial: leucograma, CPK, eletrólitos, uréia, creatinina, etc. Fonte: dicionariodesindromes.blogspot.com.br
 
Veja mais informações no vídeo abaixo:

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