"É uma doença que pode ser definida como um defeito de mineralização do
osso"
É comum que o raquitismo exista na criança até que a mesma tenha o
fechamento das cartilagens chamadas de crescimento, sendo que esta é
uma enfermidade que apresenta retardo no crescimento e deformações
esqueléticas.
O raquitismo pode ser classificado como hipocalcêmico ou como
hipofosfatêmico. Cada espécie apresenta características clínicas e
etiopatogenias diferentes, apesar de em ambos os casos haver falta de
fosfato. No raquitismo hipocalcêmico as principais causas são a falta de
vitamina D ou a resistência a sua ação. No hipofosfatêmico há perda
renal de fosfato como principal causa.
Pacientes portadores de tais complicações apresentam afecções nos
dentes, dores nos ossos, músculos frágeis, espasmos, baixos índices de
cálcio no sangue, deformações no esqueleto, crânio mais frouxo e maior
inclinação a lesões ósseas. De acordo com as deformidades e com a busca
por auxílio o prognóstico pode ou não ser positivo. Todas as formas de
raquitismo necessitam de tratamento.
Agente causador
Uma das principais causas do raquitismo é a deficiência da vitamina
D, seja devido à dificuldade de absorver, metabolizar ou de utilizar a
substância. Esta vitamina é sintetizada de forma natural pelo corpo
humano, quando a pele é exposta a raios UVBs. É dentro do fígado que ela
é transformada em 25-hidroxivitamina D e nos rins é sintetizada em sua
forma mais ativa, a 1-25-di-hidroxivitamina D2.
O raquitismo também pode ser provocado principalmente devido à
carência de fósforo ou de cálcio no organismo. Tumores e doenças que
levam à má absorção intestinal são outras complicações que podem
provocar tal enfermidade.
Como se descobre a doença (diagnóstico)
O diagnóstico desta enfermidade é clínico, radiológico,
histopatológico e laboratorial. As manifestações clínicas logo levam à
suspeita de raquitismo. É comum haver baixa estatura ou pouca velocidade
de crescimento. As deformidades esqueléticas provocam aumento do
punho, curvatura distal no rádio e curvatura progressiva da tíbia, por
exemplo.
Alguns exames importantes para ajudar no detectar da enfermidade são o
de sangue com medição dos níveis de cálcio e de fósforo, assim como os
de fosfatase alcalina. Radiografias auxiliam no diagnóstico. A biopsia
óssea, apesar de ser mais incomum, pode ser outro procedimento utilizado
para a certeza do caso.
Os ossos afetados necessitam ser estudados, para isto raios-x devem
ser feitos. Uma análise histológica do osso com marcação por
tetraciclina é padrão ouro para tal diagnóstico. Após a certeza de que
se trata de raquitismo algumas medidas devem ser tomadas, assim como o
uso de certos medicamentos passará a ser indicado. Diante de dúvidas e
dos sintomas um profissional necessita ser consultado, para que as
devidas providências sejam tomadas.
Sintomas
O raquitismo é uma condição que costuma ser caracterizada pelos seguintes sintomas e sinais:
- Hiperatividade;
- Sudorese na cabeça;
- Braços e pernas arqueados;
- Fraqueza muscular;
- Deformações na coluna;
- Grande tendência a fraturas;
- Repetidas infecções respiratórias;
- Má formação torácica;
- Erupção dentária atrasada;
- Fontanela ampla;
- Convulsões e tetania neonatais.
Indivíduos portadores de raquitismo apresentam raio-x com ossos em
nítidas curvaturas. As deformidades persistem na vida adulta caso não
sejam tratadas. A cabeça pode adquirir uma aparência quadrada e as
costas tendem a ficarem curvadas. É preciso que diante destes indícios
se procure por ajuda. O tratamento costuma trazer resultados positivos e
a qualidade de vida pode ter uma melhora.
Prevenção
Tanto o tratamento como a prevenção do raquitismo deve incluir a
devida exposição solar e o consumo abundante de alimentos ricos em
vitaminas D, em cálcio e em fosfato. Óleos de fígado de bacalhau e de
linguado são excelentes opções. Suplementos alimentares também podem ser
considerados caso haja suspeita de disfunção na síntese ou na
utilização de certas substâncias importantes ao organismo, com isto não
apenas esta, como diversas outras enfermidades podem ser prevenidas.
Sol em excesso faz mal à saúde, entretanto, os raios solares são
importantes em certas circunstâncias. O cálcio, por exemplo, somente é
absorvido caso haja vitamina D. Esta, por outro lado, necessita de sol
para existir. É recomendado tomar ao menos 10 minutos de sol todos os
dias, na faixa anterior às 10 horas da manhã ou posterior às 16 horas da
tarde, principalmente crianças e bebês, que estão em fase de
crescimento.
Uma dieta balanceada e a exposição necessária ao sol são as
principais armas no combate ao raquitismo. Diante de complicações não
deixe de consultar um profissional, pois somente ele saberá recomendar a
melhor abordagem.
Tratamento
Algumas patologias podem levar ao raquitismo e necessitam ser
avaliadas e tratadas. Quando este é provocado pelos fatores já
mencionados acima as medidas para o tratamento consistem basicamente em
uma boa alimentação e na exposição devida ao sol.
Níveis aumentados de fósforo, de fosfato e de vitamina D podem ser
administrados. A exposição solar precisa ser feita antes das 10 horas da
manhã ou após as 16 horas da tarde. Alimentos como azeite de oliva
devem ter o seu consumo estimulado, pois são excelentes fontes de
vitamina D.
A reposição da vitamina D auxilia na correção do raquitismo, quando
realizada em associação à terapia de luz ultravioleta, por exemplo.
Outros métodos já vêm sendo utilizados com sucesso e grande parte dos
casos possui um prognóstico positivo. É importante consultar
frequentemente um profissional e investigar o estado de saúde do bebê.
Em muitas situações ele pode não estar recebendo a quantidade necessária
de cálcio, necessitando, portanto, de um leite mais fortificado.
Diante dos sinais não hesite em procurar por ajuda. O tratamento do
raquitismo pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida da
pessoa. Além disto, ajuda a prevenir uma série de complicações
posteriores. Todos os bebês precisam de doses diárias de sol, converse
com um médico para mais informações. Fonte: saudemedicina.com
No vídeo a seguir você verá um documentário sobre a deficiência de vitamina D e o Raquitismo:
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