"É um desafio escrever para mães, não sendo uma delas, mas é comum
dizer que a mulher, pela sua natureza, traz em si o dom de acolher e o
dom da maternagem, ou seja, de acolher o outro com o amor filial. Esta é
a graça de saber que já somos amados mesmo antes de ser gerados, é graça e dom de Deus o amor maternal"
Não sendo uma delas, mas atendendo muitas mães, vamos aprendendo,
lendo e convivendo com genitoras que nos trazem diversas histórias de
vida, aprendizados, experiências e gostariam de trocar a experiência da formação e aprendizado dos filhos.
O vínculo materno é algo estabelecido muito antes do nascimento e é o
primeiro evento de organização psíquica (embora, primitivo) de uma
criança; neste sentido, a mãe se torna um elemento primordial no cuidado
da criança, na observação dos seus sentimentos e emoções, na formação
de sua identidade. É por meio da mãe, seja ela com vínculo sanguíneo ou
não, que damos início ao desafio de ser seres humanos e conviver em
sociedade.
É na relação mãe-bebê que também a mãe também se realiza, partindo do
princípio de que tudo é troca, mãe-bebê crescem na interação e na
maturidade, com formas de ganho vivenciadas desde o princípio da
relação. Mais do que instinto, ser mãe
é algo que prende nossa atenção pelo fato de envolvermos outros
aspectos, como comportamentos aprendidos e experiências de vida que nos
tornaram diferentes no contato com nossos filhos.
Acho importante tocar neste aspecto: por vezes, as mães estão
insatisfeitas no modo como têm realizado seu papel. Aí é hora de aceitar
suas dificuldades, aprender com outras mães, buscar em sua família bons
exemplos de maternidade. O que devemos evitar é aquele rótulo de que,
por nossos sofrimentos de vida, repassemos tudo isso para nossos filhos.
Creio ser este o maior erro. Sabe aquela frase que começa assim: Filho
meu não faz isso… E Filha minha se engravidar fora do tempo vai ser
botada pra fora de casa….. Ouvimos isso milhares de vezes. Mas, será o
melhor caminho?
Ser mãe é cuidar, trazer para perto, conversar; chegamos então ao X da questão:
nossa relação com os filhos não é apenas instintiva; é também
intuitiva; perceber mais as reações do filho, as amizades, as vivências e
os hábitos dele. Quebrar uma barreira que possa existir entre você e
seu filho, que é muito mais uma barreira mental imposta por você,
dizendo o que você deve ou não tratar com ele. A relação mãe-filho sofre
influência marcante da cultura, do ambiente social, religioso,
financeiro, da nossa saúde física e mental, do nosso acesso à educação,
ao lazer, ao trabalho, ao descanso, à dignidade, ao reconhecimento.
Reciclar! Reciclamos nosso conhecimento no trabalho, na escola e por
que não na forma de conduzir nossa relação com nossos filhos? A melhor educação não é a mais cara ou cheia de recursos, mas a que deixa lembranças emocionais positivas;
esta vivência é muito especial para cada ser humano. Se você não viveu
isso, procure trazer para seu filho o sentimento de pertencer, de ser
acolhido, oferecendo-lhe segurança. A segurança oferecida é ponto-chave
para que seu filho também se sinta seguro, mesmo quando não for bem na
prova da escola, quando perder o jogo do time ou não possuir aquele
tênis da hora que todo amigo tem.
Mãe não é aquela que cede, que concede, que libera e facilita a vida;
mãe também abraça, acolhe, esbraveja, chora, também precisa de colo e
de proteção. Afinal, ser mãe
não é ser “mulher maravilha” com um cinturão cheio de superpoderes e
ter todas as respostas em mãos, mas ganhar um espaço com seu filho; sim,
dar a ele um espaço de escuta, um espaço de amor, de acolhida. É a
graça de vivenciar vários papéis ao mesmo tempo: ser mãe-mulher-cidadã-esposa-profissional!
Muitos papéis para esta mãe, que vai moldando seu jeito de ser e
atender todas as necessidades apresentadas; capacita sua forma de
entender seus aspectos humanos e estando bem psicologicamente, também
contribua no desenvolvimento saudável de seus filhos. Viver as alegrias e
sofrimentos que ser mãe representa, unidas à fé, à esperança, ao amor-doação. É saber criar seus filhos e saber gerá-los para a vida.
Que lindo presente é ser mãe! Um papel que, na verdade, nunca acaba; ser mãe
está e sempre estará em sua vida como a experiência mais transformadora
que uma pessoa pode viver. Tudo isso faz com que você seja tão especial
e importante na vida de seus filhos! Fonte: formacao.cancaonova.com
Assista este vídeo. Não perca as lindas imagens mostrando o dom da mulher-mãe.
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