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Ecstasy e LSD Podem Virar Remédio Contra Distúrbios Psíquicos

"Drogas que alteram a consciência voltam à bancada de cientistas em busca de terapias para distúrbios mentais"

Ecstasy foi vedete de congresso nos EUA, pois se aproxima de última fase de testes contra estresse pós-traumático, mal que afeta veteranos de guerra e vítimas de violência urbana, entre outros. Além de LSD, ecstasy e psilocibina, o congresso em Oakland abordou outros compostos testados em contexto terapêutico, como ibogaína, salvinorina e canabinoides.

SEROTONINA
 
Embora no engendre viagens como o LSD, o ecstasy se classifica como droga psicodélica porque atua sobre os receptores serotoninérgicos 5HT2A e 5HT2C, aumentando os níveis do neurotransmissor serotonina. O humor melhora, e diminuem ansiedade e depressão, com mudança na percepção do significado de experiências e sentimentos. 

Como sempre na sinfonia bioquímica cerebral, mais complicado que isso. A metilenodioximetanfetamina também modula outros neurotransmissores e substâncias reguladoras, como dopamina, norepinefrina, noradrenalina, oxitocina, prolactina e cortisol. O efeito concertado costuma ser redução do medo e aumento de empatia, confiança e intimidade (para no mencionar o risco de hipertermia, ou superaquecimento, que j vitimou vários frequentadores de “raves” que no se hidrataram ). 

“A MDMA a droga do bonobo”, define Sidarta Ribeiro, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Um dos brasileiros presentes ao congresso em Oakland, ele compara os efeitos do ecstasy com a suavidade dessa variedade menor de chimpanzés (Pan paniscus), propensa ao sexo e a carinhos. Estimulantes como a cocaína, em seu paralelo, seriam as drogas do chimpanzé comum (Pan troglodytes), agressivo e encrenqueiro. 

Assim como outros psicodélicos, a MDMA relaxa os controles da rede neural em modo padrão (DMN, “default mode network”, em inglês). Essa interação de regiões cerebrais como o córtex cingulado posterior, o córtex pré-frontal medial, o giro angular e o hipocampo, entre outras, entra em ao de forma automática quando a pessoa no está prestando atenção no mundo exterior. 

Acredita-se que essa rede seja a base do “self”. Ela se mostra mais ativa nos momentos de introspecção e quando se pensa noutras pessoas, no próprio passado ou no futuro. uma forma de integração, de busca ativa de sentido, e por isso atua também quando prestamos atenção num livro, num filme ou numa história que nos contam. 

Seu mau funcionamento está associado a patologias como alzheimer, autismo, esquizofrenia, depressão e estresse pós-traumático. 

A experiência psicodélica propicia um afrouxamento dessa rede que permite a interconexão mais fluida entre outras áreas cerebrais, com consequente redução da consciência autorreferencial – algo descrito na literatura como “dissolução do ego”. 

O efeito curativo da dissoluto do ego decorreria do surgimento de sensações boas, do rebaixamento das defesas e da disposição para encarar fatos e lembranças dolorosas. Aumenta a possibilidade de que o paciente se abra com o psicoterapeuta.

A fim de aumentar as chances de licenciar o tratamento psicodélico em 2021, o plano alistar ao menos 200 pacientes no estudo clínico. Para isso, a Maps precisa levantar US$ 20,5 milhões (cerca de R$ 67 milhões) –sua campanha j obteve metade disso. 

Nos 12 testes de fase 2 iniciados em 2001 pela Maps, participaram 107 pessoas cujo transtorno no melhorava com terapias convencionais. Um terço recebeu MDMA duas ou três vezes, em sessões terapêuticas de oito horas separadas por intervalos de três a cinco semanas, e o restante frequentou psicoterapia tradicional. As evidências obtidas de que o ecstasy seguro e eficaz para tratar PTSD foram suficientes para a agência de fármacos permitir a preparação da fase 3. 

O planejamento envolve treinar 120 terapeutas para acompanhar pacientes nas sessões em clínicas. O processo inclui curso online de 14 horas, seminário e ao menos duas semanas de prática para fazer o acompanhamento dos pacientes nas sessões, uma vez que os proponentes da MDMA defendem sua utilização terapêutica unicamente em ambientes controlados, como clínicas e hospitais. 

Os psiquiatras adeptos das novas drogas também veem na sua eventual aprovação a oportunidade de abrir um mercado. Fonte: www1.folha.uol.com.br

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