Isabel Antunes, de 32 anos,
inscreveu-se finalmente no curso de inglês que tanto queria fazer. No
segundo dia de aulas a formadora colocou-lhe uma pergunta e ela, com
receio de não saber responder e com medo do que os colegas iriam pensar,
bloqueou. Saiu e não voltou mais ao curso. Esta mulher, à semelhança de
milhares de pessoas em todo o mundo, sofre de um perfeccionismo quase
doentio, procurando a excelência através de metas incomportáveis e
irrealistas.
Este tipo de perfeccionismo caracteriza-se por uma
obsessão pela perfeição que leva as pessoas a acreditrem que os outros
esperam delas a perfeição, atribuindo-lhes supostas exigências que elas
têm de satisfazer para que as aprovem e as aceitem. É o caso de Isabel
Antunes, que partilhou o seu testemunho. Se se identifica, de alguma
forma, com esta história, procure solucionar o seu problema e siga estes
conselhos:
- Analise as qualidades e os inconvenientes dos seus comportamentos
Por
exemplo, se faz trabalhos de qualidade mas demora três vezes mais tempo
do que os seus colegas, vai sentir-se nervoso e ansioso e, mesmo quando
os concluir, não vai ficar satisfeito porque vai estar a pensar no erro
que cometeu ao demorar tanto tempo. Esta atitude servirá para descobrir
as desvantagens do perfeccionismo. Vai servir-lhe de incentivo para
explorar mais profundamente esses traços de personalidade e fazer
algumas mudanças na sua conduta.
- Tente sempre fazer o melhor que sabe e procure desfrutar disso
Adapte-se
às circunstâncias e às suas limitações. Assim vai gratificar-se por
cada meta alcançada sem, em caso de não conseguir, ficar frustrado, mas
sim encarando os erros como um passo de aprendizagem.
- Pense que, se todos fôssemos perfeitos não haveria nada mais para aprender

É vítima do (seu) perfeccionismo?
Para saber se tem um padrão de comportamento adequado, responda às seguintes questões e reflita sobre elas:
1. Estou a ser razoável? Será que posso realmente atingir este objetivo?
2. Este objetivo é-me útil e real? Ou será que estou simplesmente concentrado no que os outros vão pensar caso consiga atingi-lo?
3. Tenho imenso medo de errar?
4. Tenho sempre dúvidas sobre se ficou bem feito, se podia ter feito melhor e verifico mil vezes o que fiz?
5. Sou demasiadamente organizado? Passo mais tempo a planear uma tarefa do que realmente a executá-la?
6. Vale a pena ansiar este objetivo? O desgaste compensará mesmo quando a hipótese de o atingir é muito reduzida?
7.
Sou flexível nas minhas atitudes? Sou capaz de ajustar o meu
comportamento e recuar perante algumas dificuldades? Ou apenas procuro a
excelência?
Aprenda a desfrutar da vida
Estes são os passos que deve tentar seguir no seu dia a dia para fugir do perfeccionismo:
-
Fixe os objetivos que consegue realmente atingir e aumente-os pouco a
pouco. Sempre que atingir um deles vai aumentar a confiança que tem em
si mesmo.
- Analise a sua satisfação durante determinadas
atividades e o modo como as desempenha. Vai perceber que não precisa de
ser perfeito ao fazê-las para desfrutar.
- Valorize os aspetos positivos de uma tarefa e não os negativos.
-
Baixe o seu nível de exigência. Em vez de tentar dar sempre o máximo,
tente pensar em dar 80%. Ao observar os resultados, vai sentir-se
melhor. Lembre-se de que não precisa da aprovação constante dos outros
para viver. O importante é aceitar-se a si mesmo. Fonte: lifestyle.sapo.ao
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