"De acordo com um novo estudo, as bactérias do intestino representam um papel fundamental na perda de peso – e elas podem variar de pessoa para pessoa"
Para os pesquisadores, as dietas devem ser personalizadas e o que funciona para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra.
Para uma dieta funcionar de verdade, segundo um novo estudo publicado no periódico científico The International Journal Of Obesety, ela pode depender da quantidade de bactérias que habitam seu intestino.
O estudo
Depois de analisarem amostras de fezes de 62 pessoas acima
do peso, pesquisadores do departamento de nutrição da Universidade de
Copenhagen, na Dinamarca, descobriram que aqueles que seguiram uma dieta
rica em fibras, integrais, frutas e verduras, e baixa em
gorduras, durante seis meses e que tiveram uma taxa alta de bactérias do gênero Prevotella e Bacteroides, que costumam compor a flora intestinal,
perderam, em média, cerca de 5 quilogramas de gordura – 1,5 quilograma
mais dos que seguiram a dieta mas mostraram taxas menores das bactérias
nas amostras.
Enquanto isso, aqueles que continuaram na dieta habitual,
mas que indicaram altas quantidades das bactérias nos exames perderam
1,8 quilograma em comparação aos 2,5 quilogramas dos que tiveram uma
proporção baixa, o que, para os cientistas, não é uma diferença
estatisticamente significativa.
Papel das bactérias
Para os pesquisadores, o recente achado reforça a ideia de que as dietas devem ser personalizadas
e o que funciona para uma pessoa não necessariamente funcionará para
outra. “Os resultados demonstram que certas espécies de bactérias
desempenham um papel decisivo na perda de peso“, Arne
Astrup, líder da equipe de pesquisa. “Agora, podemos explicar por que
nem sempre uma dieta, mesmo seguida à risca, emagrece. A bactéria
intestinal é uma parte importante dessa resposta.”
De acordo com Mads Hjort, coautor do estudo, perder gordura em vez de massa muscular é um sinal significativo de um emagrecimento
saudável. Porém, essa questão continua sendo apenas científica – ainda
não existem métodos práticos de avaliar o microbioma intestinal de cada
indivíduo e seus benefícios. “Em um futuro próximo, isso pode ser uma
possibilidade.” Fonte: veja.abril.com.br
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