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5 Distúrbios Cerebrais Tão Estranhos Que Confundiram a Ciência

"Imagine por um momento que você não possa mais se localizar no espaço em que habita. Ou, não consiga mais controlar os seus impulsos"

Sua fala e movimentos também não estão sob controle. Ouvir os ruídos emitidos por seu amigo enquanto come pode se tornar uma tortura. Melodias e cânticos parecem surgir do nada. Assim é a vida de muitos pacientes que sofrem de alguns tipos de distúrbios psicológicos, que muitas vezes nem mesmo a ciência pode explicá-los.

Algumas dessas enfermidades tratam-se de casos recém descobertos pela medicina, sendo ainda necessárias muitas pesquisas e estudos para entender suas causas e sintomas. Pela falta de informação muitos pacientes já foram considerados loucos, e tiveram que enfrentar ineficazes tratamentos para seus transtornos.
 

1 - ENCEFALITE DO RECEPTOR ANTI-NMDA

 

A doença ocorre quando os anticorpos produzidos pelo próprio sistema imunológico atacam os receptores de NMDA. Comprometendo os impulsos elétricos cerebrais. Dessa forma, o paciente pode apresentar disfunções de fala, distúrbios de movimentos, e até mesmo convulsões e comportamento agressivo. Porém, seus sintomas podem ser sutis. Pode ser confundido com uma virose e evoluir para estágios mais graves como a esquizofrenia.

Por se tratar de uma nova patologia, cujo primeiro diagnóstico se deu em 2007, nos Estados Unidos, mais estudos e pesquisas ainda são necessários para se conhecer melhor a doença e assim tratar os pacientes.
 

2 - DESSINCRONIZAÇÃO SENSORIAL

 

Imagine você assistir a um filme onde imagem e som estão fora de sincronia. Estranho, não é mesmo? Pois é, assim é a vida de um piloto aposentado, com cerca de 60 anos, conhecido como "PH". Para ele, as vozes são ouvidas antes mesmo que as pessoas façam movimentos com seus lábios. Até mesmo os sons de sua fala não são emitidos em sincronia com os movimentos de sua boca.

O cérebro processa a visão e o som em diferentes taxas. Para tentar equilibrar as diferentes velocidades que a luz e o som viajam. Assim acreditam os cientistas. Logo, para a grande maioria, o processo para a sincronização da voz com o movimento dos lábios é um processo quase que instantâneo. O que ocorre de maneira diferente para "PH", que experimenta um atraso de um quarto de segundo entre ouvir a voz de alguém e perceber a movimentação de seus lábios.
 

3 - MISOFONIA

 

Os pacientes que sofrem da patologia sofrem verdadeira aversão a certos sons, variando desde a mastigação, ruídos de passos, ou mesmo o clique de uma caneta, que funcionam como gatilhos para um surto de ansiedade, ou até mesmo uma reação mais violenta. A misofonia não é caracterizada por um problema de audição, mas sim uma hipersensibilidade, devido a alterações nas ondas cerebrais, que impossibilita o paciente de não perceber o ruído, causando verdadeiro desconforto.
 

4 - DESORIENTAÇÃO TOPOGRÁFICA DO DESENVOLVIMENTO (DTD)

 

Sharon Roseman, cidadã de Littleton, no Colorado (USA), desde os seus cinco anos de idade enfrenta os problemas de uma doença rara. Desde a tenra idade, Sharon se vê muitas vezes impossibilitada de se localizar. Mesmo em sua própria casa. Embora não apresente nenhum problema de cognição ou danos em seu cérebro.

Aos 29 anos de idade, Sharon procurou ajuda para seu problema. Ela acabou consultando um psicólogo, o qual não conseguiu auxiliá-la no tratamento. Mais tarde, acabou por conhecer a professora de neurociências da Universidade de Calgary. Ela publicou o primeiro artigo sobre DTD em 2008, e com a ajuda de alguns médicos, Sharon pode compreender melhor os sintomas de sua enfermidade. Sua doença ainda não possui cura, mas a descoberta a fez se sentir mais aliviada. Agora ela sabe que sua disfunção cerebral é estudada por médicos e pesquisadores.
 

5 - ALUCINAÇÕES MUSICAIS

 

Uma paciente de nome Sylvia começou a ouvir sons fora de sua casa, que ela julgou se tratar de alguém tocando piano. Com o passar do tempo, os ruídos se tornaram quase que constantes. Então, Sylvia passou a ter certeza de que ouvia longas melodias, incluindo composições clássicas como as do maestro russo Rachmaninoff.

O que a paciente não sabia era que ela sofria de alucinações musicais, condição em que uma pessoa ouve sons tão reais, que a fazem acreditar que existe mesmo alguém tocando um instrumento, ou entoando canções acompanhadas de um coro ou banda.

Transtornos psiquiátricos como a depressão, TOC e esquizofrenia podem causar tais alucinações, mas geralmente, trata-se de uma pessoa de idade avançada cujo cérebro interpreta erroneamente os sons. Pelo menos é o que acredita os médicos que estudaram o caso de Sylvia e outros pacientes que compartilhavam das mesmas condições que ela. Fontes:  thefragilebrain.wordpress.com / epilepsiaonline.net / direitodeouvir.com.br / http://listverse.com

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