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Novo Método Faz Com Que Câncer De Mama Agressivo Responda a Tratamento Convencional

"Cientistas desenvolveram estratégia capaz de melhorar o prognóstico de 15% dos cânceres mais difíceis de tratar. O estudo está em fase inicial"

 
Cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, encontraram uma maneira de fazer com que cânceres de mama mais agressivos respondam ao tratamento convencional. A estratégia em fase inicial foi publicada na "Nature Communication" e teve como primeiro autor o pesquisador Kristian Pietras. 

O câncer de mama é geralmente tratado com terapia hormonal que busca limitar a ação dos hormônios femininos. Quase 70% dos tumores crescem na presença do estrogênio, hormônio que controla tamanho dos seios, ovulação e até o brilho da pele, mas que também tem o papel de "alimentar" tumores de mama. 

Com isso, a terapia mais comum hoje para o câncer de mama visa bloquear a ação do estrogênio não só no tumor presente nos seios, mas em outras partes do corpo caso ele tenha se espalhado. Os medicamentos mais comuns são o tamoxifeno e o toremifeno. 

 
 
Há, no entanto, aqueles tumores que não respondem ao tratamento com hormônio (em torno de 10 a 15%) -- e, por esse motivo, são considerados mais agressivos. 
 
 
 

Com base nisso, os cientistas encontraram uma maneira de fazer com que esses tumores passassem a responder ao tratamento. A estratégia foi desenvolvida com base nas seguintes premissas sobre o câncer: 

 

  1. O câncer ocorre como resultado de mutações e de outras mudanças genéticas que desativam o controle de crescimento que temos em nossas células;
  2. Novos estudos também estão enfatizando que o câncer se desenvolve também pela comunicação dos tumores com células do tecido ao redor, como vasos sanguíneos e células do sistema imune.
 
No caso da premissa 1, a terapia hormonal acaba sendo a responsável por bloquear o crescimento desordenado de células. Faltava, no entanto, uma estratégia que desse uma resposta à premissa.     

(Células com câncer na mama são fotografadas por cientistas de São Paulo Foto: Jônatas Bussador do Amaral e Gláucia Maria Machado Santelli / Nikon Small World) 
 
Estratégia: Evitar a comunicação da célula cancerígena com outras
 
Para tentar entender o que acontece no câncer de mama, cientistas começaram a estudar áreas próximas ao tumor. O objetivo era entender se havia vias de comunicação que contribuíam para a manutenção da doença. 

Eles analisaram especificamente o tecido conjuntivo, fortemente presente na mama. O tecido conjuntivo serve como sustentação e preenche o espaço entre um tecido e outro. Possui funções de nutrição também e de proteção térmica em alguns casos. A gordura acumulada é um tipo de tecido conjuntivo que serve, por exemplo, como proteção ao frio e como reserva energética. 
 
Com a pesquisa do tecido, pesquisadores encontraram uma molécula que também contribuía para o crescimento do câncer: o fator de crescimento PDGF-CC. A estrutura transmite informações entre as células tumorais e tecidos conjuntivos, o que muda a sensibilidade do tumor para o hormônio e impede que o tumor responda ao tratamento. 
 

Desenvolvimento de Uma Nova Droga

 

(O controle do câncer depende de controlar o crescimentodo tumor e sua contaminação com tecidos ao ser redor).

Uma maneira de permitir com que o câncer passasse a responder a terapia hormonal, assim, seria encontrar uma maneira de bloquear a PDGF-CC. Em modelo experimental, os cientistas desenvolveram um medicamento biológico (feito a partir de organismos vivos). 

A droga impediu a ação da PDGF-CC e fez com quê os cânceres agressivos passassem a resonder ao tratamento. 

Os cientistas também analisaram dados de 1400 cânceres e viram que níveis elevados de PDGF-CC estavam associados a um prognóstico ruim. 

Para que a droga esteja disponível, no entanto, mais estudos são necessários para avaliar a sua segurança e eficácia em seres humanos. Fonte: g1.globo.com

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