"Além das complicações causadas durante a infecção, o novo coronavírus pode gerar danos permanentes ao organismo; confira"
Desde o início da pandemia do novo coronavírus a quantidade de possíveis sintomas causados pela doença aumentou consideravelmente. Com o passar do tempo e o alto investimento em estudos, novos dados sobre o patogênico começaram a surgir.
Entretanto, não é apenas durante o período de contaminação que a COVID-19 pode manifestar reações no organismo. Cientistas e especialistas da área médica do mundo todo seguem investigando um fenômeno preocupante: possíveis efeitos do coronavírus em pacientes curados.
Entenda o que vem sendo pesquisado sobre o tema:
Sequelas da COVID-19
1. Complicações cardíacas
Essa sequela segue sendo observada quase um ano depois da descoberta. Houve um grande aumento no número de pacientes jovens, sem nenhuma doença cardíaca prévia, que desenvolveram miocardiopatia pelo vírus e ficaram sequelados.
O fato dessa condição surgir em pacientes previamente saudáveis se tornou motivo de alerta para os profissionais de saúde. Ainda segundo a médica, não há um perfil de paciente específico que possa ser afetado pelas consequências da SARS-CoV-2.
O vírus pode acometer sim o músculo cardíaco, causando sequelas em qualquer pessoa, inclusive jovens. Claro que, para pacientes idosos, não é que o risco é maior, mas é que caso haja uma complicação cardíaca, essa complicação pode ser maior. Mas o risco de desenvolver não.
2. Redução da capacidade pulmonar
Esse dano continua sendo observado até hoje. Grande parte dos pacientes que apresentam sequelas graves no pulmão são tabagistas.
Há muitos pacientes com sequelas pulmonares pós-COVID. O paciente fica com o que chamamos de bolhas no pulmão e, na maioria das vezes, são fumantes de longa data. São pacientes novos com essa lesão pela COVID que, em curto prazo, pode não acarretar em nada, mas no futuro irá gerar um comprometimento pulmonar que pode causar a perda de suas funções pela idade e desgaste.
Além disso, pessoas que possuem DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) por tabagismo podem ter uma evolução pior do quadro de saúde, assim como pacientes com outras doenças pulmonares estruturais.
3. Função cognitiva
Essas sequelas nas funções cognitivas podem ocorrer mesmo em pacientes sem nenhum problema de saúde prévio, que acabam apresentando algum déficit de memória logo após a COVID. Entretanto, esse quadro tem apresentado, na grande maioria das vezes, recuperação posterior.
4. AVC e trombose
O que já é de conhecimento médico é que um fator de risco pode causar fenômenos trombóticos: a obesidade. Quando o vírus gera a formação de coágulos que entopem os vasos, tanto arteriais quanto venosos, as complicações decorrentes disso são: AVC, infarto, tromboembolismo pulmonar e trombose inferior.
5. Ansiedade
Segundo os pesquisadores, o distúrbio de ansiedade pode ser consequência do período de internação e isolamento durante a infecção. Outro fator relatado pelos participantes do estudo é o medo de se contaminar novamente, assim como o receio de transmitir a doença para outras pessoas.
6. Perda de cabelo
7. Parosmia
Enquanto alguns pacientes sentem dificuldade ao sentir cheiros, outros acabam sofrendo alterações na percepção de odores. Há relatos de pessoas que passaram a sentir o aroma de acetona em alimentos e bebidas, por exemplo. Entretanto, o número de dados sobre a complicação ainda é pequeno, fazendo com que as causas e o tempo de cura para o problema ainda sejam desconhecidos.
8. Inflamação no fígado
Temos observado elevações muito transitórias das enzimas hepáticas que, normalmente, têm voltado ao normal. Portanto, sequelas hepáticas não são tão comuns.
9. Diabetes
De 3.711 pacientes analisados, 14,4% foram diagnosticados com diabetes após se curarem da COVID-19. Apesar da possibilidade de alguns dos participantes já terem a doença antes se contaminarem com o vírus, os cientistas acreditam que o patogênico possui a capacidade de provocar alterações nas células sanguíneas, fazendo com que pessoas de diferentes perfis possam desenvolver diabetes.
10. Epididimite
Os participantes da pesquisa tinham entre 18 e 55 anos, todos hospitalizados com COVID-19. Os dados relataram que, de 26 pacientes com casos leves e moderados da doença, 42.3% apresentaram quadros de epididimite.
Os pesquisadores acreditam que essa condição
ocorreu por um mecanismo utilizado pela SARS-CoV-2 para invadir as
células dos testículos. Entre as consequências dessa inflamação, estão
alterações no sêmen e nos parâmetros seminais, o que pode causar dores
intensas na região e inchaço do saco escrotal. Porém, até o momento,
ainda não há outras pesquisas sobre o tema. Fonte: https://www.minhavida.com.br
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