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Mitomania - Quando Mentir é Uma Doença

"Todas as pessoas já mentiram uma vez na vida. E até há um dia (1 de abril) em que isso é notícia, mas o que fazer quando estamos perante alguém que mente compulsivamente"

 

Quando a mentira se torna um vício, uma forma de estar na vida, as histórias deixam de ter graça e as consequências para o bem-estar da pessoa e de todos os que a rodeiam pode ser nefasta. A maioria das pessoas faz isso por medo mas, mentir compulsivamente, interfere no julgamento racional, no relacionamento familiar e especialmente social. Conheça os principais sinais de alarme e os tratamentos para superar este problema.

 

Mitomania: mentir é doença

 

A mentira pode ser considerada uma patologia e tem um nome: mitomania. Neste quadro clínico inserem-se as pessoas que contam mentiras compulsivamente. De acordo com especialistas, este tipo de comportamento é causado por um transtorno/perturbação psicológico.

 

A diferença é que, neste caso, existe uma eventual simulação, omissão ou distorção da verdade que normalmente é praticada por indivíduos saudáveis. A frequência é o principal sinal de alarme deste problema ao qual deve estar atento. O mais importante é identificar e reconhecer a mentira como um hábito patológico. A mentira excessiva é um sintoma comum de diversas doenças mentais.

 

Mentir, porquê? 

 

Existem várias razões que podem levar uma pessoa a transformar a mentira numa forma de estar na vida. Uma das principais é a necessidade de atenção ou de reconhecimento por parte dos outros, por vezes com o desejo implícito de tirar partido. Sabe-se que as principais causas da mentira patológica são decorrentes de traços da personalidade, problemas nas relações familiares e experiências stressantes ou traumáticas.

 

Por exemplo, pessoas que sofrem de transtorno/perturbação da personalidade antissocial normalmente mentem para se beneficiar junto dos outros. Alguns indivíduos com transtorno/perturbação de personalidade borderline podem mentir para chamar a atenção, alegando que eles foram mal tratados ou pressionados.

 

Principais consequências 

 

As repercussões negativas que a mentira pode ter a nível familiar e social são inquestionáveis. A falta de confiança destrói amizades e relacionamentos e se a doença continua a progredir, a mentira pode tornar-se tão grave que eventualmente pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal. A exclusão é frequente nestas situações, contudo são precisamente as pessoas que rodeiam o mitómano que o podem ajudar.

 

Devem fomentar-se sempre comportamentos e atitudes verdadeiras, valorizando-as e, por outro lado, desvalorizar sempre que a pessoa tiver relatos falsos, apesar de admitir que é difícil estar com a pessoa que tem este transtorno. Devemos sempre incentivá-la a pedir ajuda, a fim de que ela possa reconhecer que está a ter consequências negativas na sua vida.

 

Como tratar

 

O tratamento de problemas associados à mitomania engloba vários profissionais e áreas de intervenção. O diagnóstico da mitomania pode ser feito pelo médico psiquiatra ou psicoterapeuta após uma avaliação psicológica. Na maioria dos casos, o tratamento envolve acompanhamento psicológico e em pessoas que também apresentem outros quadros psiquiátricos (depressão ou ansiedade) o uso de psicofármacos poderá ser recomendado.

 

Fora do consultório, existe um apoio que não deve ser negligenciado: a família e os amigos. Na opinião de especialistas, estes são fundamentais, uma vez que permitem desenvolver relações mais saudáveis de confiança e conforto, e fazem com que a pessoa recupere o autocontrolo e a autoestima.

 

Mudar de atitude 

 

O objetivo principal do médico ou psicólogo é conseguir que a pessoa reconheça os prejuízos que o seu comportamento pode trazer para si e para terceiros e que queira mudá-lo. Neste ponto, a psicoterapia parece ser um dos métodos mais eficazes pois, ajuda o indivíduo a desenvolver novos comportamentos e hábitos, reforçando relatos verdadeiros e ignorando relatos falsos. Neste contexto trabalha-se a extinção deste hábito disfuncional.

 

Brincadeiras de criança 

 

Ocultar a verdade é normal na infância, muitas vezes fruto da imaturidade. Muitas crianças têm dificuldade de enfrentar frustrações e críticas, e acabam por mentir aos pais na tentativa de preservar a autoestima. Essa característica só se torna patológica quando a criança adota um comportamento persistente de mentir (mitomania) e constata que a sua mentira pode ser entendida como verdade sem nenhuma consequência negativa associada.

 

A mentira pode ainda proporcionar uma sensação de prazer e poder que pode levar a acentuar este comportamento. À medida que os amigos acreditam, a criança começa a contar cada vez mais histórias mais incríveis, assumindo a mentira como uma repetição constante na sua vida, sem finalidade específica. Baixa-auto estima, supervalorização das crenças, não enfrentamento da angústia ou frustração associada a uma situação, são as principais causas deste tipo de transtorno. Fonte: https://www.lusiadas.pt

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